A exposição itinerante “Pela janela” esteve presente
na 9.ª edição do Boom Festival, o maior festival de arte e cultura trance do mundo.
O evento ocorreu entre os dias 28 de Julho e 4 de Agosto, em
Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, Portugal.
“Foi uma experiência ímpar poder apresentar meu trabalho
em um ambiente como o Boom. Com certeza não poderia haver melhor local. Aqui o
público realmente se interessa e entende o que cada imagem representa. Foi
incrível perceber também o interesse de povos de outros continentes pela
cultura Latino Americana e poder responder suas dúvidas em relação a cena da
música eletrônica no Brasil”, comemora a jornalista e fotógrafa Tatiana Stock.
A exposição foi colocada na sobra das grandes árvores
ao redor da pista principal do festival. Ao todo, são 120 fotos produzidas
durante viagens realizadas ao Perú, Bolívia e a festivais de música eletrônica
realizados no Brasil.
Pela janela
As imagens são em formato cartão postal e impressas
digitalmente no tamanho 20x15cm. A propósta dos cartões postais representa dois
paralelos, a globalização e o resgate cultural.
“Cada uma das imagens podem ser enviadas para qualquer
lugar do mundo, o que torna a exposição globalizada. Além disso, obriga o uso
do papel, da caneta e o envio, o que remete aos processos antigos e tradicionais,
ainda tão utilizados pelas culturas Latino Americanas e tão presentes em
festivais de trance, onde a tecnologia está lado a lado com o natural”, explica
Tatiana.
A estética das cores, roupas e sons da população
retratada tanto na Bolívia quanto no Perú têm muitas características da cultura
dos festivais de música eletrônica. “São ritos, ritmos e
traços que se assemelham por utopias, crenças e cores. Extremos que entram em
harmonia a partir do olhar de diferentes janelas”, conta.
A exposição foi criada de forma independente e
pretente viajar o mundo. “Uni em “Pela janela” três coisas pelas quais sou
apaixonada. Viagens, música eletrônica e fotografia. Espero que por onde a
exposição passar, desperte nas pessoas um olhar sobre suas janelas interiores e
que elas captem um pouco da energia e da magia que as imagens tentam
transmitir”, espera Tatiana.